sábado, 5 de março de 2011

Mulheres estão à frente de 33% dos lares paraenses.

“Eu olho para trás e digo que valeu a pena. Passaria tudo de novo se fosse necessário. Sou uma vencedora e me orgulho disso”. A frase é de uma mulher que se diz feliz e realizada por ter criado sozinha três filhos. A escriturária do Sindicato dos Bancários, Socorro Leite, de 51 anos, teve que enfrentar as primeiras dificuldades aos 25 anos, quando se separou do marido e decidiu arregaçar as mangas e lutar.

“Eu nunca quis pedir pensão de marido porque acho que cria muito vínculo e dá direito dele ficar se metendo na minha vida. Por isso decidi estudar, trabalhar e batalhar pelo sustento dos meus filhos. No começo foi muito difícil. Eu era nova e com três crianças e ainda perdi a minha mãe, quem poderia me ajudar”.

Socorro, até hoje, ainda é a provedora da família, mesmo com os filhos casados. “Minhas filhas, mesmo casadas, ainda moram comigo. Eu faço questão de ajudar, porque filho é uma responsabilidade para a vida inteira”. A escriturária faz parte das 734 mil mulheres que chefiam lares no Estado. É o que aponta a pesquisa realizada essa semana pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), que analisa a situação das mulheres no mercado de trabalho no Pará e na região Norte.

No Brasil, 35,17% dos lares são dirigidos por mulheres. Na região Norte, a percentagem é de 34,95% e somente no Pará, 33,23%. Segundo o economista do Dieese, Roberto Sena, o número de mulheres no mercado de trabalho aumenta a cada ano cerca de 15%. “Não é somente o crescimento que impressiona, mas também o número de mulheres com qualificação chegando ao mercado de trabalho. Tem mais mulheres com nível superior trabalhando do que homens”.

RÉDEAS

A funcionária pública Cecilia Bouth, casada e mãe de três filho, assume que tomou as rédeas da casa por gostar de controlar tudo. “Como sempre gostei de saber o que está acontecendo na minha família, automaticamente fui absorvendo a direção da casa. Comecei administrando os assuntos financeiros, e não poderia ser diferente, já que é meu ramo de trabalho e quando percebi, tudo passou a girar em torno de mim. É claro que funcionou porque meu marido sempre estava do meu lado”. (Diário do Pará)

fonte: Diário do Pará 05/03/11

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