Blog da Síglia Simone. Gestora e Produtora de Eventos Culturais. Bacharelanda em Direito.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Cultura Paraense
A cultura paraense é marcada, sobretudo, pela influência indígena nas lendas, danças, gastronomia e artesanato. Além dos índios, os portugueses e os negros - estes em menor proporção - também contribuíram nessa formação.
A miscigenação faz do Pará um Estado com características muito especiais que se expressam na alegria do povo e nas raízes do folclore regional. Na linguagem, palavras e sufixos indígenas são muito comuns; e traços da herança portuguesa se manifestam no jeito de ser do paraense.
A cultura do Pará vive em constante renovação com a presença das três influências que se estabelecem em vários cantos do Estado. Nas onze reservas existentes no Estado vivem cerca de 60 mil índios; mais de dez mil quilombolas ocupam cerca de 150 comunidades que estão sob proteção do Estado; e migrantes portugueses ainda chegam ao Pará, mesmo que timidamente.
A culinária - considerada a mais exótica do Brasil, exatamente pela forte influência indígena - é conhecida nacional e internacionalmente, e é marcada, também, pela variedade e pela contribuição dos europeus, mesmo que em menor escala.
A origem indígena marca, essencialmente, o artesanato regional. A criatividade é materializada em objetos e utensílios pessoais e domésticos feitos com cuidado e muita técnica utilizando raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza. Componentes que retratam e evocam a cultura indígena na arte de reproduzir animais, e figuras que lembram seres humanos, além de urnas funerárias, a exemplo da cerâmica marajoara.
As danças folclóricas do Estado são marcadas pela influência das culturas africana e indígena. Os ritmos, além de muito dançantes e coloridos, contam a história de personagens que compõem lendas e outros aspectos da Amazônia.
No Oeste paraense, um dos maiores destaques da cultura é a Festa do Çairé da Vila de Alter-do-Chão. Mas o Pará também guarda e preserva as Festas Juninas. Embora com alguns modismos, ainda resistem os chamados Cordões de Pássaros, Bois Bumbás e os bonecos cabeçudos que valorizam as tradicionais brincadeiras do interior.
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