terça-feira, 11 de maio de 2010

IAP QUER RESGATAR BOI DE MÁSCARAS.

Boi de Máscaras em debate no IAP



O tradicional Boi de Máscaras é tema do projeto Saber da Fonte, realizado pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) a partir de pesquisas acadêmicas sobre o universo cultural da Amazônia. Os encontros acontecem sempre às terças-feiras, a partir das 18h30, com entrada franca.



Nesta terça-feira, quem participa do projeto é o professor José Guilherme Fernandes (UFPA), com a palestra “O Boi de Máscaras: Cultura Popular, Cultura Especular ou Cultura Espetacular?”. Doutor em Literatura Brasileira, José Guilherme estudou a manifestação popular do Boi de Máscaras, em São Caetano de Odivelas, interior do Pará, centralizando sua pesquisa no boi mais antigo do município, o Tinga, que completa 73 anos. O pesquisador observou o aspecto simbólico do evento, tanto no que se refere à cultura tradicional da comunidade quanto às possíveis relações da manifestação com a indústria cultural e com a cultura artística. Durante o relato da pesquisa, também serão levantadas questões sobre autoria e propriedade deste patrimônio cultural.



Para a sua tese de doutorado, Fernandes observou manifestações do gênero no Amazonas e no Maranhão, mas notou diferenças que fazem do Boi Tinga único no país. “O Tinga é o único que pode ser caracterizado como um boi carnavalesco, não só do Norte e Nordeste, mas acredito que em todo o Brasil. Há na Espanha o que eles chamam de carnaval ‘Táurico’, que se assemelha bastante ao de Odivelas”. Segundo o pesquisador, a influência europeia no Tinga é notada na orquestra, com a presença de metais, mesmo havendo as percussões do carimbó.



SERVIÇO



Projeto Saber da Fonte. Palestra “O Boi de Máscaras: Cultura Popular, Cultura Especular ou Cultura Espetacular?”, com José Guilherme Fernandes (UFPA). Hoje, às 18h30, no auditório do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Entrada franca. Informações: 4006-2905/2906/2908.

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