quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Aumento da violência domestica

Violência doméstica aumenta 55,36%



REGISTROS
Monitoramento foi feito pela Sesma em locais estratégicos da capital
Os casos de violência contra mulheres, crianças e adolescentes cresceram muito mais do que o esperado em 2010. A constatação é do Núcleo de Promoção à Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Os dados foram coletados na Santa Casa de Misericórdia, na Unidade Municipal de Saúde da Sacramenta e na Casa da Mulher. O Núcleo comparou os números de 2009 com 2010 e registrou o aumento de 55,36% no número de casos de violência doméstica. A justificativa está na intensificação das denúncias nas três unidades de saúde consultadas. Em 2009, foram registrados 652 casos de violência. Em 2010, esse número pulou para 1013 casos. As ocorrências são de agressão sexual, moral, física e psicológica. Guamá, Terra Firme, Telégrafo são alguns dos bairros com os maiores registros de violência.
A Santa Casa foi o local com mais notificações. Em 2009 foram registrados 652 casos. No ano passado, esse número subiu para 1005. O Posto de Saúde da Sacramenta e a Casa da Mulher só registraram ocorrências em 2010. A pesquisa também identificou que as crianças e os adolescentes, na faixa etária de 1 a 19 anos, são os mais atingidos pela violência. Em 2009, 361 agressões em meninos e meninas foram registradas nas unidades de saúde. No ano passado foram 490 casos. Já em relação às mulheres, 336 notificações ocorreram em 2009 e 424 casos no ano passado.
Segundo a coordenadora da Referência Técnica de Acidente e Violência da Sesma, Maísa Gomes, os maiores registros de violência contra crianças e adolescentes foram nos meses das férias. "Meninos e meninas estão em casa nesse período e podem ter mais contato com o possível agressor. Também percebemos que o aumento no número de casos de violência em 2010 foi motivado pela maior procura da população em efetuar a denúncia. As pessoas parecem não ter mais receio em contar sobre a agressão", opina Maisa.
Ela disse que a maioria das agressões é praticada por parentes ou por pessoas próximas às vítimas. Segundo Maísa, as drogas e o álcool são fatores determinantes para o aumento da violência doméstica. "Na pesquisa, identificamos que os agressores são pessoas conhecidas, íntimas das vítimas. Em relação às crianças e aos adolescentes, podem ser os pais, tios, avós, entre outros parentes. Já as mulheres são agredidas por ex-companheiros. A droga e o álcool aparecem como agentes que influenciam na violência", explicou a coordenadora.
A agressão sexual foi o tipo de violência mais registrado nas unidades de saúde consultadas pela Sesma. Segundo a pesquisa, 598 casos foram registrados em 2009. Já em 2010 foram 971 notificações. Quando a violência sexual é dividida por tipo, o estupro aparece em 1º lugar, representando 81, 7 % dos casos, em 2009, e 76, 1%, em 2010.




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